Os medicamentos utilizados pelos pacientes devem ser adequados às suas necessidades individuais. O controle da dor pode envolver diversas terapêuticas: drogas analgésicas e adjuvantes (ansiolíticos, antidepressivos etc.), medidas de apoio, como psicoterapia, fisioterapia, cirurgias específicas para dor, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. Existe um conjunto de regras, fruto de experiência pessoal, que foi desenvolvido por vários autores com o objetivo de otimizar o índice de aproveitamento do uso de analgésicos na dor de oncológica. Regra nº 1 - Acreditar no paciente - Os pacientes com dor crônica relacionada ao câncer percebem que sua dor é intensificada quando há alguma sobrecarga social (dor da separação, dependência financeira, incerteza do futuro) e espiritual (falta de sentido da vida e da morte, religiosidade, sentimentos de culpa). A dor referida pelo paciente deve ser compreendida a partir do conceito de dor total, constituída pela dor somática, psicológica, psicossocial e espiritual. Regra nº 2 - O Analgésico é apenas parte do tratamento - A administração do analgésico deve ser inserida no tratamento a fim de reduzir o sofrimento do paciente. Porém, deve-se lembrar que existem certos tipos de dor que não são tratáveis com analgésicos. Regra nº 3 - A prescrição do analgésico deve ser contínua - A manutenção da prescrição do analgésico deve estar baseada na meia-vida da droga. Esquemas de prescrição de medicamentos "só quando necessário" devem ser abolidos. Regra nº 4 - As doses devem ser individualizadas - Após a escolha da droga sua dosagem deve ser individualizada, com base na resposta do paciente à terapêutica e considerando-se a farmacodinâmica do produto. Essa regra permite o uso de escalas para avaliar a dor. Regra nº 5 - Preferir a via oral para a administração de analgésicos - Segue-se uma regra de preferência: via oral, via sublingual, via retal, via transdérmica, via subcutânea, via intramuscular e via venosa. Regra nº 6 - A escala analgésica da O.M.S. - A Organização Mundial da Saúde desenvolveu uma tática de administração de analgésicos baseada na intensidade da dor referida pelo paciente e na resposta ao medicamento. A intensidade da dor é classificada por uma escala não visual de 0 a 10. São analisados 3 patamares: 0 a 5, 5 a 7, mais de 7. Regra nº 7 - Combinar analgésicos racionalmente - Objetivando potencializar o efeito analgésico, associações de drogas podem ser adotadas, tomando-se a cautela de usar drogas com ações farmacológicas diferentes. Regra nº 8 - Não permita que o seu paciente sofra dores - Não poupe drogas analgésicas, evitando assim o sofrimento desnecessário do paciente. Regra nº 9 - Nem toda dor é responsiva a analgésicos. Regra nº 10 - Não esquecer das medidas adjuvantes - Tais medidas baseiam-se no combate a possíveis efeitos adversos dos analgésicos. Os medicamentos mais utilizados no tratamento da dor e seus efeitos colaterais:
sábado, 30 de maio de 2009
Dor oncologica
Uma terapêutica eficaz na dor do câncer é um tratamento bem sucedido da doença. Quando a cura não é possível, deve-se obter um eficiente alívio da dor. O conforto inicial obtido pelo paciente pode significar a diferença entre a adesão e o abandono da terapia.
Dependendo do estágio de dor reportada, são inseridas associações de medicamentos, tais como analgésicos, opióides fracos e fortes.
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